A copa e a guerra das malvinas

Governos em situações difíceis, costumam tomar decisões que possam inspirar um profundo sentimento de ufanismo nacionalista.

Nada, como fazer um determinado povo desviar dos reais problemas, a não ser estimulando o nacionalismo exacerbado, que históricamente sabemos que só leva a grandes tragédias.

Ao invadirem as Ilhas Malvinas (Falklands) a Argentina teve seu momento de ufanismo, que durou poucos dias e seu povo sentindo-se embriago. A reação da Inglaterra foi devastadora. Retomou a ilha e humilhou os Argentinos, que até hoje tem de engolir esta tremenda e inesquecível derrota.

O Brasil, no governo Lula, para sediar a Copa do Mundo, fez todas as peripécias do mundo. Apesar de algumas resistências de alguns brasileiros, que conheciam tal empreendimento e que sabiam do custo elevado, não tiveram dúvidas em realiza-lo. O Estado agasalhou para si esta empreitada e dispendeu fundos altamente significativos na construção dos ESTADIOS e que convenientemente passaram a chamar ARENAS MULTIUSO. O Brasil (rico como é) parou. Os brasileiros ficaram ufanistas.

A festa foi realizada. Alguns dizem que governo teria dispendido 25.000.000.000,00 (vinte e cinco bilhões de reais). Acabou com  vitória dos Alemães e com a cara amarrada e derrotada da Presidente Dilma (que sequer conseguiu esboçar um sorriso ainda que falso) demonstrando descortesia para com os visitantes.

Foi vaiada. É feio. Não deviam. Mas, vejo esta Copa como uma guerra. A guerra do desperdícios, das fraudes milionárias da gastança desmedidas em um país de um imenso contraste social, onde perdura uma rica pobreza que é calada com uma parca cesta básica ou bolsa família.

A festa do futebol encanta o mundo, até porque a televisão, comandada pela FIFA só mostrou o Brasil clean. O Brasil dos brancos. Dos VIPS e desta forma fez a imprensa mundial mudar a imagem e até elogiar a Copa.

O que encantou o brasileiro de verdade, foi a seleção da ALEMANHA, mas não só pelo que ela fez dentro do campo, mas sobretudo pelo que ela fez fora do campo na sede de sua concentração. Sem barulho, sem estardalhaço fez um trabalho social tão ou mais importante que o ESTADO BRASILEIRO. Ajudou uma comunidade.

E agora?  Não terminou. Mais obras virão para a Olimpíada de 2016, o que vai engordar a barriga das empreiteiras, das fan fest, dos cambistas, dos fraudadores e dos políticos de plantão. E assim caminha este país abençoado por DEUS e pela natureza.