Nizan Guanaes e a Esperança
Assisti uma pequena parte de uma entrevista do publicitário NIZAN GUANAES e realmente ele me comoveu com a sua fala da necessidade de deixarmos as querelas politicas de lado e pensarmos no futuro da humanidade.
Vivemos um tempo nunca imaginado por nossa geração, salvo em filmes e livros de ficção, em que família estão separadas fisicamente, onde muitos perderam quase todos de seu entorno e ainda fulminou com a morte muitos da chamada terceira idade que já não possuem as imunidades necessárias para enfrentar sequer uma “pequena gripe” quanto a que hoje nos atinge com tanta virulência e força, sem dó.
A quarentena que estou há quase 90 dias também me fez refletir sobre a capacidade humana de ser afligida por tanto sofrimento, no começo negada, porém está se mostrando muito pior do que esperavamos. Teve um dia para começar e não há previsão para acabar salvo se houver uma vacina que possa chegar a maior parte da população mundia. Serão bilhões de doses. Não é um jogo de futebol de 90 minutos
No nosso Brasil além da crise sanitária com consequências econômicas também imprevisíveis, desencadeou-se uma crise política entre a esquerda e a extrema direita que ganhou as eleições. Provocações de toda natureza procuram demolir as Instituições e assim atingir o Estado de Direito Democrática.
A hora era para maior reflexão. A crise política dificulta o combate da doença pois os discursos em diferentes graus são ambíguos e não contribuem para que o povo tenha comportamento adequado. A intolerância aumenta. A ciência diz que é para usar mascaras e o Presidente anda sem a mesma. O Presidente anda no meio de multidão quando nós estamos confinados dentro de casa.
Não era hora para tal discussão sobre o exercício do Poder. Da classe política se esperava o devido bom senso. Neste momento de grande sacrifício nos está faltando uma voz que, pelo menos, por algum momento, nos obrigue a fazer um grande acordo para combater a COVID 19 e assim evitar que ela nos cause maiores danos do que já causou quando ainda sequer superamos a primeira onda.
Sabemos que para isto exige-se temperança, espírito público e total desapego ao poder. Podemos até deixar nossa diferenças para a próxima eleição quando todos serão submetidos a novo julgamento do povo.
E necessário uma réstia de esperança no ser humano. Que ele possa como pode nos surpreender e com o entendimento podemos fazer todo dia um pouco para mudar.